sábado, 7 de agosto de 2010

Saúde e doença

O cérebro é apenas um hardware, como um rádio. O cérebro não produz pensamentos, ele os decodifica. Os seus pensamentos vem do “eu não local”. Este “eu não local” está em tudo. Ele junta todos os momentos passados e também os futuros num presente virtual. Para além dos olhos da matéria, e dos olhos da mente estão os olhos da consciência. E aí temos memória, insight, imaginação, entendimento, intenção, curiosidade e sabedoria.

Saúde é um bem estar físico, social, emocional e espiritual; Saúde não é ausência de doenças; Saúde não é ausência de sintomas; Saúde é ser feliz. “A saúde é uma declaração do acordo entre o corpo, a mente e o espírito”.

Quando as várias funções corporais se desenvolvem em conjunto, segundo uma determinada maneira, aparece um modelo que sentimos como harmonioso e que, por isso, recebe o nome de saúde. Se não há harmonia, recebe o nome de doença. Se há mudança de forma, da vida (que não é matéria) chamamos de morte.

A doença é um aviso para averiguarmos algo em desequilíbrio e tentar a cura. A perturbação da harmonia, no entanto, acontece na consciência ( no âmbito da informação). O corpo material é o palco em que as imagens da consciência se expressam.

Por isso é uma insensatez afirmar que o corpo está doente. Só a consciência pode adoecer, no entanto, esse “estar doente” se mostra no corpo como sintoma - (quando uma tragédia é representada no palco, não é o palco que é trágico, mas a peça teatral) Rüdiger Dahlke.

O sintoma atrai para si a atenção, o interesse e a energia e perturba o corpo. O ser humano não quer ser perturbado (por isso que os medicamentos sintomáticos chegaram a esta proporção). Desde a época de Hipocrates, a medicina acadêmica vem tentando convencer os pacientes de que os sintomas são fenômenos acidentais, cuja origem deve ser buscada nos processos mecânicos do organismo.

O aumento da vida média não se deve ao avanço médico e sim a melhora nutricional e higiênica. As doenças agudas sem dúvida diminuíram, porém aumentaram demasiadamente as doenças crônicas, principalmente as iatrogênicas. Também aumentaram as doenças metabólicas por intolerância alimentar, aditivos químicos e desequilíbrios ecológicos como um todo.

As doenças foram nomeadas pelo pai da medicina (Hipocrates) como entidades nosológicas. Ele já entendia que a doença era uma entidade. Mais evoluída e mais inteligente que a própria vida. Pois ela sempre vence. Todos morreremos.

O estudo da cronobiologia humana, mais desenvolvida na França, traz a luz do conhecimento. Que logo que somos concebidos, temos um número determinado de replicagens celulares e em diferentes espaços de tempo, diferentes em cada órgão.

Por exemplo: Se pudéssemos ver um corpo como ele realmente é, nunca veríamos repetir-se. 90% dos átomos do nosso corpo não estavam nele há 3 meses. De certa forma, a configuração dos órgãos permanece a mesma, conforme um projeto original. A pele se renova a cada mês, o estomago troca seu revestimento a cada 4 dias.

A cada replicagem, a cópia é feita pela última informação e não pela informação que tinha na concepção. Com o passar do tempo foram se perdendo informações pela força centrífuga. Resultado. Estamos cada vez mais incompetentes para mantermos a vida. Chegará um momento em que suportar o peso da existência será impossível. Acabaremos sucumbindo e caindo fora.

Quando não estiverem saudáveis, não corram tomar remédios sintomáticos, sem antes procurarem ver que parte em vocês estão em desacordo. O corpo lhes mostrará a verdade. Basta observá-lo. Reparem no que lhes mostra, ouçam o que diz.

Extraída da palestra do Dr. Marco Rogério Marcondes - Médico - CRM - 10.569 - Pr.
(fundador da associação paranaense de medicina ortomolecular), Módulo Básico do Curso de Biofísica.